Reportagem da Rádio Gaúcha sobre fechamento do Lixão da Camélia em Tapes/RS

 Reportagem da Rádio Gaúcha sobre fechamento do Lixão da Camélia em Tapes/RS
Desde segunda-feira, a Prefeitura de Tapes está encaminhando todo o lixo do município para o aterro sanitário de Minas do Leão. Terminou o prazo de 120 dias estipulado pela Justiça Estadual para que a administração municipal encontrasse um destino para resíduos. A ação popular foi movida em 2004 pelo ambientalista Julio Wandam, da ONG Os Verdes. Segundo ele, o aterro municipal, conhecido como Lixão das Camélias, nunca poderia operar. Wandam comemora de forma contida fechamento da área, já que o local ainda estaria poluindo o meio ambiente.
Ouça a Reportagem:
Fonte: Rádio Gaúcha

Panfleto da Prefeitura contra ambientalista indigna tapenses

 Panfleto da Prefeitura contra ambientalista indigna tapenses
A distribuição de panfletos com a intenção de ser um “Comunicado a População”, acabou sendo um artifício para a Prefeitura de Tapes, se utilizar de uma “versão” mais branda, a fim de explicarem os motivos para a decisão judicial impetrada em 30 de março deste ano pela Juíza da Comarca de Tapes, e que condenou a municipalidade a fechar o Lixão das Camélias, em 31 de julho de 2011.
Operação "Fecha Lixão"
A operação “Fecha Lixão”, deflagrada durante a semana pela Prefeitura, levou diversos caminhões públicos e privados as ruas, além de máquinas e funcionários públicos para serem feitas ações “emergenciais” de limpeza na cidade, que nos últimos anos, tem visto os lixos e entulhos se acumular em ruas, bairros e arrabaldes, sendo que a coleta paga ainda não é aceita. 
Todo este material recolhido das ruas foi jogado por cima dos buracos de lixos domésticos, no Lixão das Camélias, ao norte da cidade, cerca de 8 quilômetros do centro de Tapes, a fim de servir para “selar” os buracos com resíduos e muito chorume acumulado. A presença deste líquido 21 vezes mais poluente que o esgoto, estava sendo observadas nos últimos anos expostas na superfície do lixão, sendo que agora, ele extravasa pelo campo, onde o gado tem sido visto bebendo estes líquidos. 
Quanto a questão das informações no panfleto, o objetivo maior, e que acabou sendo invertida a reação popular, foi de acusar o autor da ação, mais o Ministério Público de Tapes pelo parecer favorável a Ação Popular ingressa em 2004 contra a Prefeitura Municipal, após diversos anos de tentativas através de licenças ambientais, TACs e acordos para serem solucionadas as graves agressões ambientais. 
Ação Popular
O autor da ação, o ambientalista Júlio Wandam esclarece que o seu nome, exposto naquele panfleto, na verdade serviu até mesmo para muitas famílias saberem que se obteve uma vitória contra sucessivas administrações que negligenciaram a proteção ao meio ambiente, descumpriram ordens de órgão ambiental à justiça da comarca, sem levarem em conta que “um dia”, pela gravidade de suas ações precárias e de má gestão, iriam acarretar esta decisão.
Chorume em poças no mês de setembro - FEPAM interdita o local
A sentença, em começo do ano de 2011, quando novamente a Prefeitura descumprindo prazos junto a FEPAM após a ultima autuação do órgão em 21 de setembro de 2010, fruto também de denúncia deste ambientalista, mantinha o local em operação de forma precária e com efeitos poluentes do lixão sendo mantidos durante anos. Acabou a Prefeitura Municipal de Tapes sendo sentenciada e condenada a fechar o lixão, e ainda, recuperar a área e controlar a poluição e efeitos deste lixão naquele local que durante 29 anos poluiu ambiente de importância ecológica, localizada em áreas de Butiazais. 
Feitiço contra o Feiticeiro
“Várias foram as pessoas que me ligaram, enviaram e-mails e me procuraram para falar não sobre o assunto sugerido pela Prefeitura, de me acusar ser responsável por despesas acima da conta, mas sim para me cumprimentarem por mais esta vitória, após 13 anos de ações”, disse Wandam. 
Lixos nas ruas durante meses ficaram expostos
Para muitos tapenses, e tantos funcionários públicos indignados com a falta de Reposição Salarial, esta despesa com panfletos para esclarecer “meia verdade”, é algo reprovável, existindo outras despesas mais importantes, além do que, analisam que a atual administração permitiu que a situação chegasse neste ponto. 
Para moradores das ruas de Tapes, faltam lâmpadas por mais de seis meses, sem que tenham previsão de quando terão lâmpadas para comprarem e instalarem nas ruas que estão as escuras. Em entrevista na Rádio Tapense, com pedidos de desculpas, foi informada a população sobre a compra de lâmpadas que “não chegavam à durar 24 horas”, devido a defeitos e qualidade do produto. 
Estas situações, segundo Wandam, aliadas a falta de cuidados com a gestão da cidade, acarretam além de prejuízos para a população, em multas dos órgãos ambientais e da justiça pela falta de zelo com a coisa pública e o meio ambiente. Existem, porém, serviços que já estão sendo feitos de forma precária, afirmou, como o atendimento médico no Hospital em Camaquã/RS, que não está atendendo tapenses, ou com atendimento de 2ª classe, visto a Prefeitura, a única da região, deixar de pagar sua conta naquele nosocômio, necessária a população regional e da cidade de Tapes. 
Creche construída e não funciona
“Tais situações, anteriores a questão do lixão e suas despesas, também poderão deixar ainda mais indignada a comunidade tapense, não contra aqueles que denunciam estas graves violações, mas sim contra àqueles que competem a responsabilidade de zelar e cuidar da cidade, mantendo em funcionamento os serviços necessários, e nunca descuidando da proteção ambiental, da qualidade urbana e da vida em sociedade”, disse o ativista.
Fonte: REDE Os Verdes

Lixão da Camélia fechou em Tapes/RS neste domingo

Seu Emílio espera que a porteira somente seja aberta para a recuperação do ambiente afetado, e que devolvam seus mais de 100 pés de butiá, dos quais restou apenas um vivo, na entrada do depósito
 Lixão da Camélia fechou em Tapes/RS neste domingo 
O Lixão das Camélias em Tapes/RS, teve seu fechamento confirmado no domingo, 31 de julho, quando a Prefeitura Municipal encerrou os despejos de lixos domésticos durante 29 anos.
Seu Emílio observa o desastre em sua propriedade, poluída pela Prefeitura de Tapes em 29 anos de agressão
Entulhos e podas de árvores, e material de construção, recolhidos na cidade em uma operação "Fecha Lixão", que durante três dias recolheram o que estava se acumulando em meses nas ruas, deram fim a mais um capítulo das ações de ambientalistas contra a poluição ambiental, motivo de reportagem da ZH em 2005, e de denuncia no Jornal da RBS em outubro de 2010.
Poças de chorume abaixo de lixos domésticos, pontos não soterrados pelas toneladas de entulhos despejados no lixão de forma irregular
A decisão judicial para o fechamento do Lixão das Camélias, foi sentenciada em 30 de março, dando prazo para a Prefeitura agilizar em 120 dias as condições de evitarem os despejos e recuperarem a área.
Lixos a céu aberto, cena comum nos últimos 6 anos de ações contra o lixão
Neste tempo, as ações da Prefeitura foram de manter a situação como estava, até os últimos dias, quando ainda existiam crianças e adultos em processo de garimpagem nos montes de lixos a céu aberto, mesmo proibidos de entrarem no local, desde 2008.
Lixos domésticos e entulhos misturados, após operação "Fecha Lixão" da Prefeitura de Tapes
Agora, cobertos pelos entulhos recolhidos na última semana, estes resíduos ainda poderão manter a poluição no lugar, até as atividades de recuperação e controle no ex-lixão da cidade.
Chorume vaza pelo campo da propriedade em direção a lagoa próxima
Fonte: REDE Os Verdes

Apresentação dos Projetos de Revitalização da Orla em Tapes/RS

 Apresentação dos Projetos de Revitalização da Orla em Tapes/RS
Marina Internacional em uma cidade que faltam restaurantes
Na noite de 29 de julho (sexta-feira), na Câmara de Vereadores em Tapes/RS, foi realizada uma Audiência Pública "consultiva", para apresentarem a Comunidade Tapense e Entidades organizadas, os projetos destinados as melhorias das praias, a "conhecida" Revitalização da Orla com vistas implantação de uma Marina Internacional, quando foram apresentados os estudos, projeções, filmes e imagens em 3D para avaliação e discussão dos presentes, referente a estes projetos que visam revitalizar, além da orla, uma parte da zona central da cidade.
Casas dentro da água
Durante as perguntas, foram enfatizadas a necessidade de ações urgentes na Vila dos Pescadores e também na Vila do Náutico, quando diversas famílias moram de forma insalubre e perigosa junto a sanga do Meio e a orla da lagoa. 
Os cidadãos de Tapes, muitos avisados pela REDE Os Verdes, opinaram e contribuiram na discussão de tal iniciativa do Poder Público, mas a situação de precariedade em diversos serviços públicos na cidade e na infra-estrutura básica, não intimidou o Governo Municipal a apresentar um projetos, que para muitos dos presentes, beirava ao surrealismo.
Vila não está nos planos...
O representante de Os Verdes de Tapes questionou se no conjunto de "obras" de Revitalização da Orla, estaria incluida no "pacote" de melhorias, uma Política Municipal de Habitação capaz de retirar da beira da praia (e de dentro das águas) as famílias que moram de forma irregular e sob risco constante de inundações e prejuízos, na Vila dos Pescadores e na Vila do Náutico. Para o ativista, tal situação é URGENTE seja resolvida, para que se possa acreditar em "revitalização" e de benefícios diretos a população ribeirinha.
A resposta a pergunta foi negativa de parte da banca dos técnicos que apresentaram os projetos, mas que devido a importância, seria pensada pelo governo alguma alternativa, para removerem aquelas pessoas, algum dia.
Fonte: REDE Os Verdes