DIREITO DE RESPOSTA: Lixão de Tapes interditado. O que na verdade mudou?

Direito de Resposta: Ao Jornal Armazém de Notícias
Imagem de 2008 - Catadores ainda estavam no local
 Lixão de Tapes interditado. 
O que na verdade mudou?
A decisão determinando a interdição, de modo definitivo, do Lixão das Camélias, proibindo a Prefeitura Municipal de Tapes de realizar a deposição de resíduos sólidos urbanos, suscitou uma pergunta. O que realmente mudou, visto ser contumaz o desafio do Prefeito contra decisões tomadas anteriormente a essa? 
Foi determinada que seja recuperada a área degradada a partir da elaboração e apresentação de Projeto de Recuperação à FEPAM. Sim mas, isso já foi feito anteriormente e a Prefeitura sempre descumpriu licença, TAC, autorização, projeto técnico e autuação, ou não?
No prazo de 120 dias, os quais, pela lógica continuarão a poluir durante quatro meses, quando pela própria sentença, ela preve a remoção dos resíduos acumulados irregularmente, suscitam mais perguntas.
E se eles não cumprirem o prazo, novamente? E se a poluição continuar? 
A sentença atende parcialmente o que foi solicitado em Ação Popular e com deferimento em todos os pedidos na inicial, que desde 2004 movemos contra o Município pelo descaso de quase três décadas e de poluição contínua e descontrolada. 
Imagem de 2011 - Crianças catam lixos entre moscas e outros insetos
Na inicial, havia solicitado o fornecimento de água à comunidade vizinha ao lixão, visto a séria situação vivida até hoje pelo moradores na entrada do lixão. Se perguntarem hoje qual é o maior problema da comunidade, a falta de acesso a água é a primeira delas. 
Não foi acolhido o pedido, por não existir informações concretas de que a comunidade circunvizinha ao "lixão" esteja, sendo afetada pela contaminação do lençol freático. Considerou também que cabe à Municipalidade, e não ao Judiciário, a implementação e a adoção de políticas públicas que contemplem os moradores do local – se for o caso – com o fornecimento de água potável. Caso fosse interessante obter esta informação, as próprias políticas públicas e ONGs que atendem aquela comunidade (Pastoral da Criança, Conselho Tutelar, Agente Comunitário de Saúde e a Assistência Social), poderiam dar-lhe o relato fiel da grave situação do consumo e acesso de água naquela área. 
Imagem de 2010 - Muitos pneus e restos de bombonas foram enterradas
Assinalou a Juíza na sentença, além dos técnicos do DAT/MPE, Fepam/DISA, Perito Criminal, Policiais Ambientais, Promotores Públicos, Estudantes durante anos; que é evidente a ilegalidade da deposição dos resíduos no denominado Lixão das Camélias, que opera em total desacordo, com o descumprimento das normas ambientais, sem licença ambiental, sendo a sua interdição definitiva o caminho a ser seguido, para que cesse, de uma vez por todas, a conduta ilegal da Administração Pública, que está a provocar inegável dano ambiental no local. 
Imagem de 2011 - Lagoas de chorume durante décadas fizeram parte da paisagem
No meu entender, o Prefeito não governa Tapes, mas sim alguma cidade ao lado do Mar da Tranquilidade, na Lua. As declarações do Prefeito a Rádio Guaíba, mostraram a gravidade não só do problema ambiental da cidade, mas da própria conduta pública, quando sabemos que nem consórcio, nem prefeitura resolveram o assunto em quatro anos, agora em 120 dias vão resolver?, com mais promessa de aterro sanitário? 
Me pergunto, se os prejuízos que ele, ou a Prefeitura alega trarei para Tapes não são maiores o que eles, assessores e asseclas públicos, criaram ao manterem empurrando com a barriga a solução ao problema, curvados pela tacanha visão de uma autoridade que usa o poder de forma pessoal, sem pensar no orçamento, que tanto lhe preocupa, pois se fosse diferente não gastaria em obras, projetos e sonhos que não levam a nada em detrimento ao básico a sociedade, que antes mesmo de multa ou gasto com lixão, este dinheiro já desperdiçado, deve ser também prejuízo ao cofre público.
Não é mesmo?

Sobre minha pessoa e o ativismo que empreendo, deixo para as centenas de estudantes, professores e pessoas que me conhecem, e que ajudo e coopero aqui em Tapes e no Estado para que respondam por mim, caso queiram.

Julio Wandam
Ambientalista
Imagens: Arquivo Os Verdes/via e-mail

Entrevista a Rádio Guaíba sobre Lixão de Tapes

 Alguém poderia dizer para alguém virar o Disco da promessa do Aterro Sanitário Consorciado???
Não fez nada e nenhuma ação concreta, aliás, muita reunião e ata foram feitas em quatro anos prometendo para a Justiça, MP e FEPAM um aterro sanitário "modelo", e agora em 4 meses com interdição sentenciada, quer construir aterro para 13 municípios? Vai ser um "modelo" Lixão, só pode!!!
 Novo Lixão em novo ponto da Cidade!!
Deve ser do lado da Cidade dos Cavalos ou da Ciclovia!!
Vai enganar a platéia na casa do Seu Carvalho, lá em Nova Bréscia, pois assim fico pensando que alguém deve estar governando uma cidade ao lado do Mar da Tranquilidade, lá na Lua, só lunático diz o que ele disse sobre a questão ambiental na cidade.
Faz favor, me poupem de tantas enganações, que venha de uma vez a eleição "sem candidatos" a prefeito, mas Um PREFEITO com capacidade seja eleito, pelo amor de deus!!!!!.
Que vergonha desta gente da ala governamental!!

Entrevista Wandam para Rádio Guaíba
>> http://www.radioguaiba.com.br/Player.aspx?Data=4/7/2011%2010:35:01%20AM&Arquivo=164178&Ext=MP3&Legenda=J%FAlio%20C%E9sar%20Wandam%20Martins

Entrevista Tejada para Rádio Guaíba
>> http://www.radioguaiba.com.br/Player.aspx?Data=4/7/2011%2010:35:58%20AM&Arquivo=164179&Ext=MP3&Legenda=Prefeito%20de%20Tapes%20-%20S%EDlvio%20Tejada

Ambientalista esclarece “contraponto” de Prefeito

 Ambientalista esclarece “contraponto” de Prefeito
A resposta do Administrador Público de Tapes em jornal da cidade, que ‘tergiversou’ sobre a decisão tomada pela Justiça, demonstra que este ‘alcaide’ administra pensando que está Governando alguma cidade ao lado do Mar da Tranqüilidade, na Lua, pois não disse ‘nada com nada’ que interessasse para os destinos de Tapes.
Na última edição do Jornal Armazém de Notícias (março/abril 2011), na página 03, o Prefeito alegou a existência de uma ‘consciência ambiental’ da população, e do Prefeito à época que abriu o Lixão das Camélias, que o prefeito Sylvio Tejada insiste de chamar de aterro controlado, mesmo quando durante toda sua administração (2005/2011) o local se encontrou ‘descontrolado’. 

A fantasia não tem limites, e a promessa de aterro, que a Autoridade fala com certeza de realização, demorará, e ele sabe disso pela própria FEPAM, e mesmo assim, após quatro anos prometendo à Justiça a construção do aterro, terá agora quatro meses para resolver a situação do lixão, o que com certeza não fará aterro algum e utilizará do fato da decisão judicial para justificar os erros cometidos neste tempo, jogando para o ambientalista a culpa pelo infortúnio financeiro da administração.
Quanto a consciência ambiental, que havia 30 anos atrás, digo ser mais uma “bazófia palaciana do alcaide” para iludir quem quer ser iludido e aqueles que não conhecem a história de um lixão aberto em 1983 e autuado em 1997 pela caótica situação do lugar. 
Quando tivemos conhecimento da situação, isso em 1997, a única alternativa era denunciar aos órgãos competentes, o que foi feito, e após esta data, várias foram as autuações que comprovavam a gravidade da situação no decorrer de 13 anos, inclusive com mais de seis laudos da FEPAM e três do Ministério Público, cinco interdições pela Justiça e FEPAM apontando os crimes ambientais na área, que ele insiste se tratar de aterro controlado. 
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