Usina de Triagem e a "rapinagem" dos lixos

 

Usina de Triagem e a "rapinagem" dos lixos
A situação dos trabalhadores da Usina de Triagem de Resíduos Sólidos, é das melhores, se comparada ao tempo em que viviam no lixão da Camélia.
Mas nem por isso, devemos esquecer que estas pessoas precisam de auxílio da população, geradora dos resíduos lançados diariamente para a coleta pública.
Precisam os cooperados também do cumprimento dos acordos feitos para a contratação de carroceiros e dos ex-catadores do Lixão das Camélias, pela Prefeitura Municipal em 2008, quando começaram a operar a coleta com carroças puxadas a cavalo.
Ocorre que, o melhor dos lixos nas ruas de Tapes está sendo rapinado no caminho entre o cidadão "consciente" que recicla seu lixo e aqueles "catadores independentes" que fazem a féria bem gorda, trazendo prejuízo ao funcionamento daquele local aberto em meados de 2008 para atender cumprimento de TAC estabelecido em 2000. Segundo informações colhidas, muitos tiram 3 vezes mais que os catadores na Usina, que conseguem obter no máximo R$ 250,00 mensais.
Atualmente, desde 04 de janeiro de 2011, a operação do lugar ocorre sem licença, com algumas diversas situações à serem resolvidas e melhoradas de parte da contratante dos serviços da Coopercare (Cooperativa Mista de Carroceiros e Recicladores), que assumiu a coleta dos lixos e o tratamento é feito sem atender regras e normas básicas. Os carroceiros, que recebem R$ 700,00 para coletar os lixos, também tem situações que colocam em risco o sistema devido a sobrecarga de serviços. A situação é caótica se observada, e poderia ser diferente.
A começar pela falta de investimentos em educação para a reciclagem, à ser feita na escola, no comércio, no banco, na empresa, na loja, onde for, para que o lixo tome o destino da Usina e não dos atravessadores. Este diferencial poderia incentivar as pessoas a tratarem seus lixos em casa e entregá-lo para a Usina de Triagem, para as carroças verdes da Coopercare.
Vejam que Tapes produz toneladas de lixo diário, e que se separadas na origem, acabariam com 90% do problema no Lixão das Camélias ou outro qualquer lixão dos mais de 4.700 municípios no país.
Então investir onde é gerado o lixo, para que seja separado o orgânico do seco e entregue o reciclado para uma coleta regular "seletiva" destinada a ensinar as pessoas, novas formas de descarte.
Em qualquer cidade que investiram no assunto lixo, se começou com educação massiva em todos os lugares e por todos os meios, mais a estruturação de sistema integrado de coleta seletiva, lixos especiais e lixos domésticos, lucrando ao invés de ter prejuízo.
O passo final é estruturar local para triagem que funcione 24 horas por dia, com três turmas se revezando no trabalho "industrial" de separar o lixo orgânico do lixo passível de reciclagem.
O problema no caminho é a falta de legislação e critérios para balizar a situação da "catação clandestina", que garimpa todo o lixo bom, que está na latinha, no papelão e outros que tomam outro destino, muitas vezes em casas que não possuem condições alguma para abrigar "comércio" de lixos ou estoque destes materiais, atratores de vetores capazes de causar danos a saúde pública.
Urge a criação de leis e normas de fiscalização para estabelecer elos que estão soltos no processo que deveria atender esta classe de trabalhadores que lidam com nossos resíduos, para que possam viver em condições dignas e justas, no tocante a questão de Tapes frente a este problema "insolúvel" para muitos, de fácil resolução para aqueles que são os responsáveis.
Fonte: REDE Os Verdes de Tapes

Advogado e Perito de Os Verdes visitam Lixão da Camélia


Advogado e Perito de Os Verdes visitam Lixão da Camélia
Na manhã de 03 de março de 2011, estiveram no Lixão da Camélia o Advogado ambientalista, Paulo Antônio Montenegro Barbosa, o Perito-Ambiental, Doutor em Ecologia e ativista de Os Verdes/RS, Antônio Libório Philomena e o Coordenador de Os Verdes de Tapes, o ambientalista Júlio Wandam, para visitarem o Lixão, no primeiro mês em que aguardam a Sentença à ser proferida pela Juíza da Comarca de Tapes, que desde 28 de janeiro de 2011 está para sentenciar a Prefeitura pela situação de crime ambiental em mais de 27 anos.
Esta visita serviu para revelar que nada mudou e se mantém o crime ambiental com vários agravantes que mantém a poluição ambiental de forma grotesca.
 A Entrada do Lixão das Camélias em Tapes
Montes de lixos sem a cobertura adequada, pássaros (garças e massaricos) em meio ao lixo descoberto, que acumula-se no local, para depois serem jogados em valas sem proteção e cobertas com podas de árvores e terra vegetal, galhos, e todo o tipo de material irregulares.
O acúmulo de lixos a céu aberto proporciona que vetores, como moscas, insetos em geral, abelhas e outros animais como baratas, ratos e até cachorros se alimentem no local, que possui odor nauseante, com sensações de fortes ânsias de vômitos.
 Foco de mosquitos em meio a água parada
 Massaricos no detalhe em amarelo
Foco de Dengue: Pneus estão no mesmo lugar fazem 06 meses
Sacos de lixos para catação, demonstram que está havendo processo de garimpagem de lixos no local, proibido desde a abertura do Galpão de Triagem.
 
Sacos de recolhimento de lixos reciclados
 Buraco com chorume acumulado, escoando em direção ao campo
O caminhão despeja lixos diversos, 50% deles passíves de reciclagem e aproveitamento da Usina de Triagem. Tal situação demonstra que muito lixo reciclado se perde na "rapinagem" do lixo bom das ruas, mantendo uma situação de acúmulo de lixos ruins na Usina de Triagem, que acabam não sendo aproveitados.
 Por que não estão indo para a Usina de Triagem?
 Lixos perigosos em meio ao doméstico
 Vidros de conserva limpos e possíveis de aproveitamento
 Latas de alumínio, haviam diversas neste monte
 Garrafas PET limpas e enviadas para a Reciclagem param no Lixão da Camélia
Professor Antônio Philômena inspeciona os lixos
 Material irregular usado para tapar os lixos
Outra das proteções do chorume despencaram devido aos ventos, locais que não funcionam e permitem que o chorume desagüe em direção ao campo e ao lago cerca de 200 metros das valas.
Lixos perigosos como lâmpadas flourescentes jogadas junto ao lixo doméstico acabam parando nos montes do lixão das Camélias.
Televisão jogada na esquina da Assis Brasil em Tapes está aguardando mais de 3 meses (temos imagens de 21 de novembro), para ser retirada das ruas da cidade. A pergunta que fica é:
Existe serviço público de coleta de lixos na cidade, com tratamento adequado dos resíduos e destino final do rejeito dentro das normas legais existentes?
Click nas imagens para ampliar
Fonte: REDE Os Verdes